O senador licenciado, Wellington Fagundes (PL), afirmou, ontem (17), que avana no senado federal a adeso ao requerimento de abertura do processo de impeachment contra oministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Conforme ele, 36 senadores j teriam assinado documento – de um mnimo de 41 parlamentares da Casa – para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leve a discusso ao plenrio.
O Senado tem 81 cadeiras. Destas, 36 so favorveis, 29 esto indecisos e 16 contra. Rosana Martinelli (PL) que ocupa a cadeira de Wellinton, assinou a favor. Entre os que no assumiram posicionamento, esto os outros dois parlamentares de Mato Grosso: Jayme Campos (Unio Brasil) e Margareth Buzetti (PSD).
Na bancada de MT na Cmara, os deputados federais fizeram coro com a maioria. Abilio Brunini (PL), Coronel Assis (Unio Brasil), Coronel Fernanda (PL), Gisela Simona (Unio Brasil), Jos Medeiros (PL), Juliana Kolankiewicz (MDB) e Nelson Barbudo (PL) am o requerimento. Apenas o lder do governo, Emanuelzinho (MDB), no assinou.
O “superpedido”, como chamado no Congresso, baseado em acusaes apontadas por reportagem do jornal Folha de So Paulo. Segundo a publicao, o ministro cooptou um assessor para vasculhar os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de informaes para subsidiar as justificativas de decises contra acusados do inqurito das “fake news”.
M F DE PARLAMENTARES– Na semana ada, o senador mato-grossense, Jayme Campos (Unio MT), refutou a existncia do requerimento. “No posso concordar, no alto dos meus 73 anos, com o que esto fazendo com quem faz poltica com seriedade e sem mentira”, disse senador mato-grossense, ao questionar Pacheco. Ele criticou grupos de parlamentares que esto “usando de m f” para denegrir a imagem do Senado e de senadores que, como ele, atuam com senso de responsabilidade.
Jayme Campos relatou que vem sendo cobrado por segmentos da populao de Mato Grosso a ‘’ o pedido de impeachment doministro do STF, acusado de abuso de poder no mbito de inquritos das fake news e dos atos antidemocrticos. Essa cobrana tem como base, segundo ele, afirmaes ‘mentirosas’ feitas por outros parlamentares.
“ uma inverdade, uma mentira, e ns temos que esclarecer ao povo brasileiro e, sobretudo, ao povo mato-grossense que, de fato, aquilo que sai todos os dias dizendo quem assinou impeachment do Alexandre de Moraes, quem no assinou, colocando nossas fotos: isso no decente, isso no razovel na prtica do Estado democrtico de direito, daqueles que tm compromisso com o seu povo, daqueles que fazem poltica sria, que fizeram e tm uma histria como o Jayme Campos tem, diante da sociedade mato-grossense”, disse.
Sob o testemunho do presidente do Senado, Jayme Campos esclareceu que quem protocolou, de fato e de direito, o pedido de impeachment do ministro do STF, foi um grupo de pouco mais de 150 deputados federais dos 513 que compe a Cmara Federal. “ bom que se esclarea que isso tem um processo, um rito”, frisou o senador mato-grossense, desafiando a algum mostrar qualquer de senador no pedido de impeachment.
Ao se manifestar indignado com o que chamou de “fake news praticada por vrios colegas”, Campos explicou que o pedido protocolado ser analisado pela Mesa Diretora, que definir a issibilidade, com base nos requisitos legais e da Constituio Federal, fundamentado em parecer da Advocacia Geral do Senado. “Por outro lado, bom que se esclarea ao povo mato-grossense que quem acusa no pode ser julgador (…) Ningum pode acusar e julgar ao mesmo tempo” – enfatizou.
