A campanha para que o presidente Luiz Incio Lula da Silva (PT) indique uma mulher negra para ministra no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou fora nos ltimos meses. A ao indita na histria se intensificou com o apoio do ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial), alm disso em um discurso, o ministro do STF Edson Fachin chegou a defender que uma jurista negra ocue um cargo dentro do rgo.
Quando especialmente uma mulher negra chega suprema corte, ela est abrindo caminho para toda uma multido que nela se espelha
O movimento foi reforado por uma carta assinada por diversas entidades jurdicas, como a Associao Brasileira de Juristas pela Democracia, o Grupo Prerrogativas, o Coletivo de Defensoras e Defensores pela Democracia, a Associao da Advocacia Pblica pela Democracia e a Coalizo Nacional de Mulheres.
As aes em favor da igualdade racial e de gnero ocorrem em um perodo de expectativa sobre a escolha de um substituto para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski, e dentro da lista que compe os possveis nomes que disputaro a vaga est a Desembargadora Federal do Tribunal Regional do Trabalho 23 Regio, Adenir da Silva Carruesco, nome consolidado por sua atuao h mais de 27 anos como Magistrada concursada no Estado de Mato Grosso, recentemente promovida como Desembargadora por merecimento, como tambm professora de Direito por mais de 10 anos.
Fundado h 132 anos, o STF jamais teve uma mulher negra em sua composio. Nesses anos, somente contou entre seus quadros trs ministros homens negros, sendo o ltimo deles, Joaquim Barbosa, aposentado em 2014.
A Desembargadora Adenir da Silva Carruesco recebe como uma grande honra o destaque do seu nome para indicao ao STF, afirmando a alegria em poder representar a transformao que o Brasil precisa para romper o ciclo de 132 anos de excluso racial na suprema corte.
“Nunca uma mulher negra ocupou uma cadeira no STF. Em um pas onde cerca de 56% da populao formada por negros, me parece que a
