Promotor de Justia Milton Pereira Merquades rebateu os apontamentos feitos pela famlia Cestari a respeito das acusaes feitas pelo Ministrio Pblico de Mato Grosso (MPE). O representante do rgo regulador defendeu que a famlia fez requerimentos dispensveis como forma de tentar atrasar o processo.
Conforme noticiado pelo portal , o MPE ofereceu denncia contra Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Oliveira Cestari, pais de adolescente que atirou e matou a menor Isabele Guimares Ramos, por homicdio culposo, posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a menor, fraude processual e corrupo de menor.Em resposta, a defesa dos pais da adolescente rebateu as acusaes e listou uma srie de requerimentos que deveriam ser adotados na avaliao do caso. Na lista dos pedidos da parte requerida esto percias, apresentao de registro do circuito interno de cmeras, coleta de depoimentos de testemunhas e outras medidas.
Alm disso, a defesa tambm solicitou que os autos do processo corressem em segredo de Justia "sendo que, aps a decretao do sigilo, os defendentes anexaro presente o contedo das alegaes finais defensivas aviada no Procedimento n. 1043283 -52.2020.8.11.0041, em trmite perante a 2 Vara da Infncia e da Juventude de Cuiab – MT", aponta trecho da manifestao dos pais.
Contudo, o pedido da defesa, feito no dia trs deste ms, foi integralmente rebatido pelo MPE, que alegou tentativa de atraso na movimentao do caso por parte dos pais da adolescente que atirou contra Isabele Guimares.
Segundo o MPE, para que os pais sejam acusados no h necessidade de que se saiba se a adolescente agiu com inteno ou no ao atirar contra a amiga. Antes disso, s preciso que fique esclarecido se a suposta omisso dos pais "penalmente relevante para isso".
"Reitera-se, no h nenhuma conduta ativa imputada aos rus, portanto, se no agiram ativamente, percia nenhuma ter importncia", aponta o MPE. "A resposta novamente: Nenhuma. Tais medidas tumultuam o processo e s serve as defesas no sentido de protelar o desfecho do feito", reitera o promotor sobre a necessidade dos requerimentos feitos pela defesa.
"Pretendem, por via oblqua, produo de provas e/ou indcios em desfavor de pessoas alheias ao processo-crime. Visam, inadequadamente, utilizar da presente ao penal como se fosse uma ao cautelar de produo antecipada de provas que, ao fim, em nada se mostraro teis para apurar a conduta dos acusados", defende o promotor.