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Sexta-feira, 23 de maio de 2025
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Um sonho no Norte, morador de rua caminha do Paran ao Mato Grosso em busca de uma vida melhor 445z1f

Rogrio Oliveira tem 31 anos, nossa inteno com ele era contar como a vida de um morador de rua, suas dificuldades, a insegurana, a sensao de ser invisvel para a maioria das pessoas, 2mf47

Considerada a capital nacional do agronegcio e uma das 100 melhores cidades para se viver no Brasil, Sorriso, a aproximadamente 500 km de Cuiab, tem suas ruas repletas de carros importados, manses e lojas de utenslios luxuosos, neste cenrio que encontramos uma histria que constata com essa realidade.

Rogrio Oliveira tem 31 anos, nossa inteno com ele era contar como a vida de um morador de rua, suas dificuldades, a insegurana, a sensao de ser invisvel para a maioria das pessoas, mas nos surpreendemos quando ele contou que chegou a cidade, aps caminhar do Paran ao Mato Grosso.

Desde ento trabalha recolhendo materiais reciclveis durante a manh e com um carinho de picol a tarde, o que lhe rende aproximadamente R$ 15,00 (quinze reais) por dia, suficiente apenas para sua alimentao, sendo assim ele a as noite, literalmente, dentro de um arbusto ao lado da Igreja Matriz.

Sua higiene pessoal feita no banheiro publico, e tudo o que ele tem so duas pesas de roupa e um papelo, que serve como cama, ele no sabe o que dormir em colcho a mais de 10 anos, mas este no o ponto mais surpreendente de nossa conversa, Rogrio, que nasceu no Paran, veio at Sorriso caminhando.

O percurso de 1.667 km entre Cascavel (PR) e Sorriso (MT) foi feito em um ano e quatro meses de caminhada, onde Rogrio perdeu mais de 10 quilos, e por muitas vezes recebeu a ajuda solidria, principalmente dos motoristas de caminho. “Fiz todo o percurso a p, no recebi nenhuma carona, as pessoas me ajudavam com comida, outras com dinheiro, eu sai de casa com R$ 10 no bolso, o suficiente apenas para o primeiro lanche, e meu sonho era chegar em Sorriso”, declara.

Rogrio diz que ouvia falar que a cidade ao norte de Mato Grosso era uma terra de oportunidades, e como a vida estava difcil no sul, resolveu enfrentar a estrada em busca de uma vida melhor. “Depois que separei de minha esposa, fiquei sem rumo, e com muitas dificuldades financeiras, foi ai que resolvi vir para Sorriso, com o sonho de conseguir algo melhor”.

No caminha ele conta que por muitas vezes comeu comida azeda, chegou a ficar mais de uma semana sem tomar banho e dormia em paradas de nibus, sofreu violncia apenas uma vez, logo que chegou em Cuiab, quando dois menores levaram dele os pertences que trazia consigo, o deixando apenas com as roupas do corpo e os documentos pessoais.

Na polcia, nenhuma agem, mesmo morando na rua a dois anos, convivendo com a fome, ele confessa que no gosta de pedir, tenta ao mximo trabalhar para conseguir a sua alimentao do dia, mas que muitas vezes, principalmente no perodo de chuvas, teve de procurar comida no lixo, mas tomar o que no seu, ele diz que nunca ou por sua cabea. “Nos momentos que maior desespero, nunca pensei em roubar ningum, nessas horas procuro comida no lixo”.

Questiono se ele se arrepende de ter vindo a Sorriso, e imediatamente responde negativo, Rogrio ainda acredita que vai conseguir construir uma vida digna, com direito a uma casa. “S tenho um sonho, e vou construir ele aqui, vou ter ainda uma casa onde morar e vou ser feliz em Sorriso”.

Agora, como seria conviver com tanto luxo, tanta riqueza e ter to pouco, Rogrio polemiza na resposta. “No tenho inveja nenhuma quando ou por uma manso por quando vejo algum com um carro bonito, muitas dessas pessoas so mais tristes do que eu, aprendi que a felicidade no depende das coisas que eu tenho, e a maioria das pessoas no tiveram o privilegio de aprender isso”. concluiu.
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