O juiz Francisco Ney Gava, da 14 Vara Criminal de Cuiab, marcou para o dia 7 de maio a audincia de instruo e julgamento de Nataly Helen Martins Pereira, que confessou ter assassinado Emelly Beatriz Azevedo Sena de 16 anos, que estava grvida de nove meses, para roubar o beb dela.
O Ministrio Pblico denunciou a assassina por feminicdio qualificado, tentativa de aborto sem consentimento da gestante, subtrao de recm-nascido para colocao em lar substituto, dar parto alheio como prprio, ocultao de cadver, fraude processual, falsificao de documento particular e uso de documento falso.
Na deciso, proferida no dia 16 de abril, alm de marcar a audincia, o magistrado negou os pedidos feitos pelos advogados de defesa de Nataly, que pediram o reconhecimento de insanidade mental, de inimputabilidade e a realizao de uma reproduo simulada dos fatos.
Para pedir o reconhecimento de insanidade mental, a defesa alegou que a assassina foi estuprada por um tio na infncia e por isso ou a ter quadros recorrentes de surtos psicticos.
Para negar os pedidos, Francisco Ney Gava alegou ausncia de documentos que comprovassem a doena mental, bem como a inexistncia de qualquer apontamento de inconsistncia no laudo pericial elaborado pela Polcia Civil que justificasse a reproduo simulada.
O caso
Nataly cometeu o assassinato no dia 12 de maro. Ela atraiu Emelly, que morava em Vrzea Grande, para uma casa no bairro Jardim Florianpolis, em Cuiab, com a promessa de doar roupas de beb. No local, a vtima foi morta por asfixia e teve o beb arrancado do seu ventre.
Para fazer o parto improvisado, Nataly usou uma faca e uma navalha.
Depois da sesso de crueldade, a assassina enterrou a jovem em uma cova rasa no quintal e tentou registrar a criana como se fosse dela, no Hospital Santa Helena, mas foi presa.
Na delegacia, ela confessou e deu detalhes sobre o crime.
Ela est presa na penitenciria feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiab.