O Tribunal de Justia de Mato Grossoreduziu a pena do traficante Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, de 7 anos, sete meses e 22 dias para 7 anos pelo assalto realizado em maro de 1999, emCuiab. Marcola continua condenado a mais de 300 anos de priso por outros crimes cometidos, pela 4 Vara Criminal da Comarca da capital.
Marcola estpreso com outros quatro chefes de uma faco criminosa na Penitenciria Federal deBraslia.
A defesa informou que ocorreram erros na condenao de Marco e que, por isso, foi solicitado a correo da pena. Conforme a justificativa, a pena-base foi aumentada em oito meses e houve suposta violao condenao.
O crime
No dia 31 de maro de 1999, Marco Willians com outros companheiros identificados como Ricardinho, Djalma, Baiano, Juninho (ou Wagner), Luiz Gordo (ou Luiz Nogueira), e Cludioroubaram de mais de R$ 6,1 milhes, em espcie.
Alm do roubo milionrio, eles estavam armados com metralhadoras, granadas e pistolas e renderam o gerente geral da agncia central do Banco do Brasil, Roberval Souto da Silva com os familiares dele e uma empregada domstica e levados para uma rea rural prxima a estrada do Moinho.
Aps o assalto, Marcola estava acompanhado de outro ru, Jefferson Nunes de Andrade no aeroporto da cidade dePorto Velho (RO), mas estava com uma identidade em nome de Jos Aparecido Vasques.
Quem Marcola
Marco Willians Herbas Camacho, de 56 anos, nasceu em Osasco (SP) e esteve envolvido com o crime desde pequeno. Aos 9 anos, ficou orfo e iniciou a "carreira criminosa". Devido ao uso de cola durante a infncia na regio da Praa da S ganhou o apelido de Marcola. Ele foi preso pela primeira vez em So Paulo no final da dcada de 1990, por roubos a carros-fortes e bancos.
Marcola ficou conhecido no incio dos anos 2000, aps assumir a liderana e mudar as prioridades da faco. O Primeiro Comando da Capital (PCC) ou por uma reestruturao e descentralizao do poder. O trfico de drogas se tornou a principal fonte de renda da organizao, resultando em um aumento significativo dos lucros e na necessidade de lavagem dinheiro.
Sob a liderana de Marcola, o grupo que nasceu em 1993, no interior de So Paulo era conhecido como "sindicato do crime", com o objetivo de denunciar violaes nas prises a partir de uma "guerra contra o sistema", mas se tornou uma espcie de empresa, cuja prioridade o lucro.
Ele ficou preso na penitenciria federal de Rondnia desde 2019, mas foi transferido para a Penitenciria Federal de Braslia em 2022, pois havia um "suposto plano de fuga" do chefe de faco criminosa.
