Se no houver suplementao financeira, a Unemat pode no conseguir honrar as contas bsicas de maio como pagamento dos servios de limpeza, segurana, gua, luz e telefone. O alerta do pr-reitor de Gesto Financeira da universidade estadual Ricardo Keichi Umetsu.
Em entrevista ao , ele revela que a Unemat est trabalhando no limite e que a situao tem se agravado a cada dia, em razo de decreto do Governo Mauro Mendes, de abril, o oramento total da Unemat j saiu de R$ 401 milhes para R$ 368 milhes. O contingenciamento realizado por grupos de despesas e, proporcinalmente, totaliza 5,97% do oramento previsto.
A vigncia do decreto at julho, mas a instituio no conseguir arcar com o custeio bsico at l. Para se ter uma ideia do tamanho do corte, ele representa cerca de 50% do valor destinado s despesas com custeio e investimentos (que foram zerados). Ricardo alega que a direo da instituio tem feito reunies constantes junto ao governo para mostrar as demandas e a insuficincia de recursos. “Agora, no final de maio, vamos solicitar um financeiro suplementar. Se no tiver, vamos ter problemas com terceirizados. Precisamos pagar em maio a fatura de maro, j so quase duas vencidas”, revela.
O pr-reitor ressalta que a universidade tem convivido, j h algum tempo, com cortes e contingenciamentos. Neste ano, entretanto, o bloqueio tem sido mais severo. Em 2018, ltimo ano da gesto Taques, foram contingenciados 3.86% dos R$ 380 milhes previstos.
E, para piorar, o Paiagus no honrou todos os rees mantidos, o que fez com que a universidade acumulasse dvidas que ainda no foram quitadas. Assim, a Unemat, ao total, deixou de receber quase R$ 62 milhes, o que representa 16%.
Hoje, os restos a pagar (de 2018, somados aos dbitos deste ano) chegam a R$ 12 milhes. Ricardo pondera que, desde o comeo do ano, a instituio vem priorizando gua, luz, telefone, ISSQN. E, por outro lado, tem deixado de pagar, por exemplo, bolsas de pesquisa, de extenso e foco - que custam R$ 500 mil por ms. Tambm no h recursos para investir em obras e manuteno.
O oramento da Unemat, que corresponde a 2,5% da Receita Corrente Liquida (RCL) do Estado, est estimado em R$ 401 milhes neste ano, sendo 80% destinado ao pagamento da folha salarial.
Cobrana
Nesta semana, o deputado estadual Ldio Cabral (PT), em entrevista ao , disse que o governador Mauro Mendes (DEM) est equivocado, quando no descarta promover cortes no oramento da Unemat, justamente por conta do contingenciado. “Os recursos de custeio esto contingenciados em 49%. A previso era R$ 4,5 milhes por ms para custeio e esto recebendo R$ 2,7 milhes”, alerta o petista .
As declaraes so uma resposta a Mauro que no descartou seguir os os do Governo Jair Bolsonaro (PSL), que “congelou” 24,84% das verbas discricionrias e 3,43% do oramento total de 63 universidades e 38 institutos federais, sem prazo para liberao. No total, R$ 1,7 bilho esto congelados.
